25 de ago. de 2009

Tendências construtivas, Brasil: Grupo Ruptura



Waldemar Cordeiro, Movimento, 1951, Grupo Ruptura, óleo sobre tela, MAC-USP, São Paulo


Esta obra se insere no contexto do movimento Ruptura, a que vários artistas de São Paulo se ligaram para formar um núcleo de arte concreta no país, influenciados pela Primeira Bienal de São Paulo, também em 1951, na qual o artista suíço Max Bill tornou-se grande referência. O que os artistas do Ruptura queriam era uma ideia de construção artística, baseada na lógica e na intuição, com princípios claros, inteligentes, sintéticos. A obra Movimento é um bom exemplo dessa busca dos artistas do movimento concretista. Seu autor, Waldemar Cordeiro, foi o mentor do grupo Ruptura.
O movimento a que se refere o título desta obra está ligado à ideia de Waldemar Cordeiro e dos artistas do grupo concretista de que a arte não representa algo externo a ela mesma e se estrutura na própria percepção do observador.
Cordeiro foi um pioneiro tanto no movimento concretista como, a partir do final dos anos 60, nas experiências de arte com computador. Foi o primeiro artista no Brasil a organizar uma mostra internacional de arte com computador: a Arteônica, que aconteceu em São Paulo em 1971. A utilização do computador na arte tem uma função de democratizá-la, tornando-se acessível a muitas pessoas, tanto em sua realização como em sua visualização.

Um comentário:

  1. “A arte do passado foi grande, quando foi inteligente. Contudo, a nossa inteligência não pode ser a de Leonardo. A história deu um salto qualitativo. Não há mais continuidade! Então nós distinguimos: os que criam formas novas de princípios velhos; os que criam formas novas de princípios novos.”
    Manifesto Ruptura, divulgado na primeira exposição do grupo, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 9 de dezembro de 1952.

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