25 de ago. de 2009

Culturas pré-colombianas













A arte pré-colombiana transandina engloba inúmeras paisagens, culturas, religiões. Desenha uma evolução histórica que examina povos que passaram do estado da pesca, caça e coleta aos grandes impérios militaristas.
Na 4ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, os arqueólogos Eduardo Góes Neves e Adriano Schmidt Dias apresentaram uma seleção de obras rompendo com a concepção de que a arte pré-colombiana abrangia apenas a produção plástica do altiplano.
A seleção de objetos, apresentada na 4ª Bienal, captou humanos e animais em diferentes estágios de transformação. São peças de cerâmica, metais e tecidos em que se observa uma noção distinta de identidade, em que a essência está na transformações, na reprodução, na mudança, e não na permanência.
A arqueóloga norte-americana Anna C. Roosevelt apontou as limitações da teoria do determinismo ecológico, que sustentava que os povos das Terra Baixas tropicais, não tendo convivido com um meio adaptativo favorável, com solos pobres, "recebeu a 'civilização' das Terras Altas áridas e temperadas dos Andes e da Mesoamérica, os centros da civilização americana".
Anna C. Roosevelt afirma que a riqueza dos achados arqueológicos, a reavaliação da análise ambiental, a datação dos sítios arqueológicos por radiocarbono "documentam, conclusivamente, uma transição amazônica para uma vida ceramista tribal que antecede todos os outros exemplos no Novo Mundo em mais de 1200 anos e que é mais antiga que a cerâmica andina e mesoamericana em mais de 3 mil anos.